terça-feira, 17 de abril de 2012

MENSAGEM DE REFLEXÃO - 18.04.2012

REAÇÕES VIOLENTAS
Está se tornando algo comum as pessoas reagirem com violência ao mal que lhes acontece, ou àquilo que está em desacordo com os seus desejos. Exatamente como a criança indisciplinada reage, gritando, jogando coisas quando suas vontades não são atendidas, as pessoas estão se permitindo agredir, revidar. Quando o trânsito está lento há os que xingam a administração pública que não planeja vias melhores para o escoamento rápido dos veículos. 
Se a loja informa que o artigo em oferta acabou, há os que se acham no direito de agredir os funcionários, acusando-os de propaganda enganosa. 
Se o caixa se engana no troco, logo se afirma que ele é um indivíduo desonesto, desejando engordar o próprio salário. 
Se a empregada pede para sair um pouco mais cedo, dizendo que deve levar o filho ao médico, logo alguém diz que ela não deseja trabalhar, que está inventando mentiras. 
Se alguém esbarra em outra pessoa na rua, de imediato gritam alguns que o sujeito é mal educado, malcriado. Um abuso! 
Em síntese, estamos vivendo uma época de muita agressividade. E nos queixamos da violência que toma conta das ruas, sem atentarmos que nós mesmos, muitas vezes, também agimos com violência. 
Conta-se que um grande militar, desejando se espiritualizar, escolheu um sábio religioso e lhe perguntou: 
- Onde começa o inferno? 
O pensador experiente meditou e falou: 
- Por que um homem sem escrúpulos deseja saber onde começa o inferno? Cheio de armas destruidoras de vida, acerca-se de mim para perguntas tolas. O que espera que lhe diga, eu, que sou um homem de paz e justiça? 
Antes que continuasse, o militar o interrompeu, levantando a espada e exigindo, cheio de raiva, que o sábio o respeitasse. 
Sem qualquer receio, o homem velho esclareceu: 
- Aqui começa o inferno: na raiva descontrolada. 
O guerreiro compreendeu e num gesto rápido, tornou a colocar na bainha a espada, pedindo desculpas. 
O sábio então o esclareceu: 
- Homem, nesse seu gesto começa o céu. 
*** 

A raiva pode ser comparada a uma faísca portadora do poder de atear grandes incêndios. Basta uma palavra mal pensada, um gesto imprevisto para a gerar. 
Quando solta, desencadeia conflitos inúteis e destruidores. 
O homem que alimenta a raiva e se deixa dominar por ela, se torna bruto e violento. 
Os antídotos para a raiva são a humildade que leva o indivíduo a reconhecer a própria fragilidade; a paciência, que lhe permite acompanhar o desenvolvimento da questão; a tolerância que entende a dificuldade alheia; enfim, o amor que é abençoada luz em todas as circunstâncias.

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